Um sonho real, uma fantasia indescritiva, um profundo devaneio que exagera na possibilidade de ser real.
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Estou certo de que muitos já se questionaram sobre o que seria real e o que seria ilusório... No mundo em que vivemos, onde tal questionamento já se tornou tema de filmes, músicas e livros, é difícil perceber o quanto estamos dispostos a acreditar numa realidade infalível, numa realidade que interfere na nossa sencibilidade, numa realidade estúpida. Hoje, praticamente todos os dias me pergunto quais as nossas reais chances...me sinto severamente angustiado quando pessoas passam por mim, e apenas passam. Passam com os olhos manchados, passam poluidos, passam indefinidos. Me pergunto também qual será a verdadeira motivação disso tudo, e logo depois me sufoco de respostas apagadas. É como se a vida entendesse sua existência perpétua distante da impotência humana, é como se a vida não nos habitasse; mas não por si mesma, antes por nós. Por nossa injustiça alicerçada nas confidências lançadas num vácuo... e apenas lá, no vácuo, se pudesse ouvir o sentimento do mundo.
Já pensamos muito sobre nossas chances, mas sabemos que não as temos. Viveremos assim, asfixiados pelo nosso desejo de ser, de poder e, finalmente, de ter. Pois estamos contidos num sistema incapaciante, e aqueles que se podem ver no espelho enxergam cada segundo como a única possibilidade de mudança e ,fora isso, nada mais fazem.
Acredito que cada segundo é uma oportunidade de mudar tudo, que o ser, antes de qualquer obstáculo, é. E que fazemos nossas escolhas sozinhos. Nesso ponto tenho que ser caótico, já que a vida se fragmenta e se distribui aleatoriamente, sem um pragmatismo latente. Não entendemos a vida por ela ser difícil de ser compreendida, só estamos no caminho errado, procurando uma solução contraditória e com poucos significados.
Um sonho real, onde acreditamos estar sobre o controle da vida... a dúvida acompanha esse reciocínio. Não acredito num único ser humano que nunca se permitiu indagar sobre isso, ou mesmo pensar que tudo pode ser verdade, ou tudo pode ser mentira. Ou as coisas podem acontecer mutuamente, bastando apenas que acreditemos nelas. Seria essa a realidade? O que nós acreditamos? Bem, isso eu não sei.
O que dizer(e fazer) quando tudo é apenas uma escolha? Um dia precisaremos entender que fazer valer a pena é finalmente juntar-se a vida, é olhar para o espelho e enxergá-la como nós mesmos e não como parte de nós, e que temos a liberdade de fazer nossas escolhas não seguindo um padrão geral de realidade. Afinal de contas, nem sabemos se o que vivemos é real. Somos entorpecidos dessa irrealidade pelos filmes e livros, e por isso esquecemos(ou não acreditamos) no que eles dizem. Fazem-nos pensar e desacreditar... nos manipulam nesse jogo de "confronte-se com sua realidade" e "aceite sua incapacidade". Somos drogados pela mídia com a verdade... é uma overdose de verdade que apenas nos confunde, pois nos deixam insecíveis a ela; como se nossa mente se acostumasse com os devaneios desacreditendo neles.
Sinto-me agora motivado por um segundo, e depois, em outro segundo, é outra motivação. Penso agora numa saída que me trará felicidade, e num outro segundo entendo que somente parte da vida estaria feliz, pois eu não sou apenas eu... sou fragmento do todo. Somos peças que preenchem essa e outra realidade, e por isso não enxergamos nossa verdadeira parte, já que seu complemento pode não estar aqui... e nós não estamos lá...
sexta-feira, 27 de julho de 2007
"cada segundo é uma oportunidade de mudar tudo"
Postado por
Ruan Alcantara
às
07:04
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2 comentários:
estou impressionada!!
gostei do seu blog
continue escrevendo assim
bjs
eh, vc movimenta muuuuuuuuito mais seu blog do q eu
heuehueheuehu
mas seus textos estão super legais :D
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