segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Todas as coisas.


"Você enxerga tudo, você enxerga cada detalhe.Você enxerga toda minha luz, e você ama minha escuridão. Você entende tudo de que eu tenho vergonha. Não há nada com que você não se identifique... e você continua aqui"
É muito fácil para mim culpar tudo ao meu redor quando percebo que as coisas estão fora de controle. Fora de controle? Quem definiu isso pra mim?
Vou começar novamente: É muito fácil para mim traduzir coisas sobre as quais me vejo imune. Mesmo que eu não esteja completamente imune, é fácil fingir isso. Primeiro porque as pessoas adoram a força da imunidade, principalmente quando traduzimos coisas que certamente nos afectaria mas, como por milagre - mas é claro que parece ser mais racional que um rotineiro milagre - não decaímos. Somos fortes. Somos mais que fortes, somos insensíveis! É ai que está o curioso, o trascendental, o... Bom, seria isso a mais pura verdade se o mundo não estivesse interessado nas "coisas" sobre si mesmo. Insensível?
Insensível: adj. 1. Sem sensibilidade. 2. Não sensível; apático. 3. Impiedoso.
Quantos de nós possui sensibilidade? Eu não seria capaz de afirmar exactamente. Uma estimativa? Fugiria em demasia nos padrões de exactidão estatísticos. Me limitar as pessoas de meu convívio? Ah, isso é complicado... mas posso dizer, com uma boa margem de certeza, que muitos são sensíveis. Números? Talvez 40% deles. Hum hum, também acho. De fato é difícil determinar sensibilidade nas pessoas, mas...algumas delas possuem o que eu poderia chamar de "Olhar Magnético". São aquelas não são, de todo o modo, sensíveis. Apenas são atraídas, ou atraem de alguma forma, "coisas" alheias, e isso dá oportunidade para que elas exerçam suas sensibilidades. Olhe, isso não é tão fácil quanto parece viu. Basta lembrar dos que nem sequer fazem isso, ou fazem de um modo pouco tradicional e, digamos, se sentem bem pelo comportamento alternativo de suas obras, dado ao trabalho ímpar que realizam, muitos dos quais eu não entendo(???).
Ser sensível é, entre tantas "coisas" deixar-se levar por tudo aquilo que se revela aos nossos sentidos. Entendendo os sentidos como tudo que passa pelo óbvio e ,mesmo sendo indolor, nos traz sensações, sejam elas quais forem. Tenho muitos exemplos de sensibilidade personificada no meu dia-a-dia, mas desconheço quantos desses podem fazer de si a representação ideal para vias político-sociais. Sei, sim, que muitos desses sabem o momento certo de cometer tais actos. Já pude sentir isso e, devo admitir, a surpresa tornou todas as coisas ao meu redor mais interessantes. Sabe quando você realmente acredita no que sente? Pois então, sinto-me bastante envolvido nisso, já que a cada subterfúgio humano, mesmo dos meus "representantes mais fortes", tiro de mim a mais breve e sutil responsabilidade de perceber a beleza de ser, para mim, o que cada um dos que estão comigo deveras são.