Hoje eu me perguntei o que era felicidade. Não porque estava infeliz, e tentava achar a chave para ela. Mas porque, em resposta a um questionamento de um amigo, me permitir pensar no assunto. Pensei sobre suas palavras, que se referiam a um padrão contínuo de acontecimento biológicos que nos permitiam ou não sentir felicidade. Padrões esses que, invariavelmente, tecem a teia das motivações humanas na conquista da vida ideal.
Mas, ao pensar sobre isso, questiono-me onde reside a felicidade, e não o que seria ela. Difícil defini-la, é verdade. Por isso, apurei minha lente e tentei entender os acontecimentos que me fazem feliz. Descobri, só pra deixar logo claro, que o mais curioso para mim não é o que seria a felicidade dentro desse mundo visível e material. Antes, é a misteriosa lei da natureza-indescritiva e substanciosa- que me deixa com os pensamentos aflorados. São as forças que motivam nossos padrões biológicos, é a imparidade existente no sentimento humano, e é, sobretudo, a grande casualidade dos encontros da vida. Vejo a felicidade quando me pergunto: porque te amo, e não amo o outro ao lado? Porque esse sentimento cresce e é nutrido pela vivência entre nós? Porque ele não acaba?
Mas felicidade também está na amplitude da vida, na pluralidade que ela oferece. Felicidade está em eu poder definir, para mim mesmo, e não para você, o que me traz boas doses de serotonina, o que me embriaga, e para você talvez não faça a mínima diferença, e isso pouco importar para ambos.
Há pouco pude sentir outras forma de felicidade, pude percebê-la em outros lugares. Em outras pessoas, pessoas que mal conheço. Elas têm me trazido muita felicidade. Pude sentir a natureza, como ela é contagiante e ousada. Ela trouxe pra mim um visual esplendoroso de misturas. Nessa natureza pude ficar estremecido, fui atraído, magnetizado, fragilizado. Sua aparência me deu medo, porque a quis para sempre, e mais medo pude sentir quando vi que a felicidade estava em absoluto ali e que, desesperado por te-la naquele momento, não teria medo de de me juntar a ela para sempre.
Ainda sobre a natureza, a Chapada Diamantina me fez pensar sobre o que de fato é meu mundo, e como ele andas das pernas. Descobri que algo está errado, e que eu não sei dedilhar os fatos que cerca a maneira como tudo está. Me sinto feliz por saber disso, mas me sinto triste também por isso existir. Continuarei como estou, sempre tentando descobri valores em tudo. Talvez não seja uma boa forma de levar as coisas, mas faz parte de minha percepção essas análises de valores- infelizmente.
Pretendo, desde já, entrar mais em sintonia com o eco da natureza. Tentarei ouvir daqui, o que a Chapada tem para me dizer, principalmente a noite, quando o silêncio ,que já é soberano lá, deixar eu ouvir os gritos da natureza, atraente como sempre, simples e complexa, cheia de ternura e de felicidade, trazendo ao meu mundo uma alternativa impessoal. Tentarei sentir essa energia, essa "vibe". Dentro da confusão da cidade, vou buscar essa frequência cotidianamente.
Talvez isso mexa comigo, me permita novas interações biológicas, novas emoções. Queria não ver as mudanças das pessoas, mas não me deixarei cair com essas mudanças. Não vou desistir delas, porque sei que são parte fundamental de mim, mas darei um tempo para que a natureza dentro de nós se reestabeleça, porque sei que ela está um tanto desgastada. Mas farei questão de olhar mais para os outros lados, ouvir mais outras vozes e tocar outras mãos. Imagino que tudo isso me fará bem, mas devo admitir o receio e a fragilidade em relação ao novo. Mas o novo, o mesmo novo que me dá medo, também me encoraja e me sensibiliza nesse mundo de pessoas e lugares.
P.S.: Preciso escrever sobre algumas pessoas em especial. Não sei quando farei isso.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
De Pernas Bambas
Postado por
Ruan Alcantara
às
12:52
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3 comentários:
A natureza é contagiante mesmo, traz feicidade. Não vou comentar muita coisa porque já comentei no de Lipe. Será eu umas das vítimas?!! Tenha medo!!!!!hehhhe
Escreve sobre mim...sobre a vida!
Amo -te
ai,Rú...
Como assim maianne???sobre mim...sobre a vida?rs
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